Michael Jordan é provavelmente o maior desportista de todos os tempos. Os adversários classificam-no frequentemente como “impossível de parar”. Como é que podes parar o MJ? Não se pode! Bem... há uma maneira: Não o deixes praticar 🙂
A prática conduz à manutenção e ao aperfeiçoamento das competências. Se deixarmos de praticar, deixamos de melhorar e, eventualmente, o seu desempenho máximo começa a desaparecer. Ponto final.
A afirmação, tão óbvia e blasé por mais que pareça, deve fazer-nos avaliar o que estamos realmente a praticar. Não são as horas que dedicamos, mas sim o que dedicamos às horas.
O que é que se põe nas horas? Tornamo-nos no que pensamos, no que dizemos e no que fazemos. Tornamo-nos os nossos pensamentos, as nossas palavras e as nossas acções. Então, o que é que está REALMENTE a colocar nas suas horas?
Se só praticarmos as escalas, só vamos ser capazes de tocar escalas. Não está a desenvolver a capacidade de improvisar um solo, de ser criativo, de pensar fora da caixa, de ir além...
Da mesma forma, trabalhar incessantemente em transcrições, treino auditivo ou conceitos teóricos só o levará a tornar-se ótimo a... transcrever, ouvir fragmentos ou conceitos musicais soltos (como identificar intervalos e tríades) e conceitos teóricos.
Está na altura de avaliar o que se pretende. Pense nos seus verdadeiros objectivos e siga o caminho certo para os atingir. Michael Jordan não tinha como objetivo ser o melhor jogador de basquetebol de sempre. O seu objetivo era ser o jogador mais completo de sempre. Mais importante ainda, não estava a pensar que o caminho para atingir esse objetivo era aperfeiçoar a sua capacidade de lançamento de 3 pontos. Se ele tivesse esse pensamento, seria apenas um ótimo atirador de 3 pontos.
Da mesma forma, ser excelente a transcrever, a compor ou a identificar o acorde que o seu professor está a tocar não é a melhor forma de se tornar melhor a improvisar como Miles Davis, Charlie Parker ou Django Reinhardt.
E por uma questão de honestidade... ser o melhor instrumentista, improvisador ou intérprete não faz de si - automaticamente - o maior compositor de sempre.
Quando penso sobre este assunto, torna-se mais claro para mim porque é que alguns grandes músicos são tão bons a improvisar mas não são nada interessantes a compor. Torna-se claro porque é que alguns grandes professores não são os maiores músicos; porque é que os grandes transcritores ou arranjadores não são os maiores intérpretes; porque é que os maiores acompanhadores não são os maiores improvisadores.
Tornamo-nos bons naquilo que praticamos. Pratica-se o que se faz. Fazemos o que somos. Se fores um procrastinador só vai ficar melhor a procrastinar. Mas se for um bom motivador com palavras, acabará por se tornar um mestre em coaching.
O maior desportista de todos os tempos - Michael Jordan - atingiu a excelência nos seus 15 anos como jogador de basquetebol e não como jogador de basebol durante um ano. Ainda assim, era sempre o primeiro a chegar ao treino de basebol e o último a sair. Jordan era mais do que um jogador. Ele era um competidor. Jordan tinha TI dentro de si, a capacidade de continuar a melhorar cada vez mais em TUDO o que fazia. Acontece que o basquetebol era o desporto que ele praticava há mais tempo, mantendo-se em constante manutenção e aperfeiçoamento.
Tornamo-nos excelentes naquilo que praticamos. Consciente ou inconscientemente, já está a traçar o seu caminho. E não há certo ou errado, nem melhor ou pior. Olhe bem fundo e descubra o que está a fazer. Se se sentir bem com isso e consigo próprio, está no caminho certo.
Posteriormente, pode aperceber-se de um décalage entre a quantidade de atenção que dá a diferentes áreas de trabalho ou competências. Pode aperceber-se de que concentra mais energia nas competências mais fortes e mantém adiar as zonas mais fracas.
Na próxima semana, falaremos mais sobre a escolha de trabalhar as competências fortes ou as competências mais fracas. Fique atento e partilhe as suas ideias na secção de comentários abaixo.
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