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        Entrevista com Adrien Marco

        31 de outubro, 2015

        Adrien Marco é um dos músicos talentosos da nova vaga de Gypsy Jazz, e está atualmente a financiar o seu segundo álbum de estúdio. Ele é um ser humano muito bem-humorado, alegre e encantador que está a tocar a música de Django e a adicionar músicas originais ao seu repertório. Aqui está um encontro agradável e gratificante com Adrien Marco.

         http://adrienmarcotrio.com

        1 - O que é que o inspirou a tocar música?

        Comecei por tocar guitarra. Vi uma guitarra no quarto de um amigo e perguntei-lhe se podia experimentá-la por uns dias: “Emprestas-me a tua guitarra por uns dias?” - disse eu. “Adorava experimentá-la, mas nunca joguei antes!” Nove anos mais tarde, ainda tenho esta guitarra em casa, com o acordo dele, claro. Quando ele viu que eu gostava dela, ofereceu-me a sua guitarra.

        Lembro-me da primeira noite depois de trazer a guitarra para casa. Parecia a véspera de Natal. Não sei porquê, mas senti que queria que o dia seguinte chegasse mais depressa, tal como na noite de Natal. Queria começar a tocar para descobrir este instrumento. A primeira vez que toquei alguns acordes foi mágico. A sensação que tive, o som, a vibração... adorei tudo.

        5 ou 6 meses mais tarde, ouvi Stochelo Rosenberg a tocar “Ou est tu mon Amour?”. Nesse momento, os meus olhos encheram-se de lágrimas (muitas!) e disse para comigo, “Eu quero fazer esta música”.

        Mais tarde, ouvi Django a tocar e pensei a mesma coisa. Eu costumava ouvir muita música quando era jovem: Funk, Toto, Police, Scorpion, Hip Hop, música italiana (as minhas origens), mas nunca tinha ouvido este tipo de música... Jazz Manouche. Senti que me podia relacionar com todas as emoções que Django explorava na sua música, porque é isso que eu sou. Disse a mim próprio que precisava de tocar esta música. O sentimento era natural para mim.

        2 - O que é que o influenciou ao longo dos anos?

        Atualmente, a música italiana (ou a chamada música ítalo-americana), Django Reinhardt e o jazz influenciam-me. Mas também oiço Hip-hop (por exemplo, Gangstarr, ou mesmo DJs não reconhecidos). Oiço muitos estilos de música diferentes, mas para mim são todos uma coisa só: “Música”!

        Na verdade, não sei ler partituras. Toco apenas de ouvido, ouvindo e vendo outros músicos a tocar. Mais tarde, alguns ciganos vieram ter comigo e tornámo-nos amigos rapidamente. Também aprendi a tocar com eles. Para mim, tocar com os ouvidos e com o coração é a melhor escola.

        3 - Estão atualmente a angariar fundos para o lançamento do vosso novo álbum. O que podes dizer sobre o projeto e a música?

        Com a gravação deste novo projeto, concentro-me nas minhas influências musicais, tal como fiz no primeiro álbum, mas pretendo ir mais além. Neste novo CD, quero revelar quem sou, por isso tocamos covers de música italiana num estilo cigano. Temos algumas surpresas para o público! Também tocamos música ítalo-americana, composições originais e, claro, música Sinti, porque esta é a música que está no meu coração desde o início.

        Estava na altura de o Trio gravar um novo projeto e ter um novo álbum, contendo todas as coisas novas em que tínhamos trabalhado depois do primeiro disco em 2013. Vamos trabalhar arduamente para criar algo especial e típico vindo do Adrien Marco Trio.

        http://www.kisskissbankbank.com/fr/projects/adrien-marco-trio-nouvel-album

        4 - O que o motivou a continuar a praticar?

        Poder jogar o que me apetecer. É isso que me continua a motivar. Hoje, vejo a música não apenas como um passatempo, mas como uma parte de mim. Vejo a guitarra como uma continuação de mim, vejo a guitarra como uma parte do meu corpo. Também sinto vontade de tocar, de sentir as vibrações no meu corpo, de sentir a mão esquerda na guitarra.

        5 - Quais foram os maiores desafios que enfrentou para progresso na sua prática, desempenho, e carreira musical?

        A mão direita é um dos maiores desafios para tocar esta música 🙂 Pratiquei bastante a mão direita. E o outro desafio que considero MUITO importante é conseguir um bom som e tocar com coração e paixão. Esta música não pode ser tocada sem estes elementos.

        6 - Lembras-te do teu processo de prática quando começaste a tocar?

        No início, utilizei um peso para o pulso direito. Como podem imaginar, era impossível tocar confortavelmente, mas queria praticar com ele para depois tocar mais solto. Comecei a perceber muitas coisas com este método, mas é difícil de explicar. Precisão, movimento regular... Foi o meu método durante alguns meses, os primeiros meses.

        Também trabalhei muito no meu som. Costumava tocar devagar, com calma, trabalhando o som de cada nota que tocava.

        Foi preciso muito tempo para perceber como é que esta música devia ser tocada. Mão direita, mão esquerda, som... Eu costumava ouvir música de muitos vídeos ou CDs, e trabalhava ouvindo.

        7 - Relativamente ao peso no pulso direito, essa é uma forma comum de praticar entre os ciganos, ou foi você que teve a ideia? É algo que aconselhas aos teus alunos? 

        É um pouco estranho, este método, eu sei 🙂 Mas foi o meu próprio método para perceber como o pulso se move.

        Fiz isto para treinar o meu pulso, para aprender a ser “déstabilisé” (desestabilizado), e para estudar o som com o peso. Agora é algo que sugiro aos meus alunos para que compreendam o movimento do pulso sentindo-o.

        Esta prática é muito difícil porque é preciso ser extremamente preciso. Não há escolha ou saída. Assim, depois de utilizar este método, quando começa a tocar sem o peso, vê que pode acrescentar mais sentimento à sua forma de tocar, e a execução dos movimentos é mais simples.

        Utilizei-o durante alguns meses e explorei a minha própria forma de praticar. Isto permitiu-me compreender o sentimento que é necessário para tocar esta música e como isso vem da mão direita. Aconselho-o vivamente aos meus alunos. Basta experimentar algumas vezes para perceber como os movimentos do pulso direito são tão importantes.

        8 - Fale-nos das suas rotinas. Como é um dia normal na sua vida?

        Guitarra, amigos, guitarra, comida, guitarra, documentário, guitarra, filmes, gestão do meu trio, concertos, viagens, guitarra, estrada, guitarra...! 🙂

        Pratico muito. Começo a tocar a minha guitarra e procuro novas frases, acordes e ideias. Também faço concertos regularmente.

        9 - Como é que equilibra o trabalho e o descanso? Qual a duração das suas sessões de trabalho e das suas pausas?

        Normalmente, pratico guitarra entre 1 hora e 4 horas por dia. Depende da minha agenda. Se tenho de viajar para concertos, não tenho tempo; toco apenas 15 minutos. Se estou em casa, toco muitas mais horas.

        Uns dias pratico o som, outros dias pratico o ritmo, escalas ou arpejos, etc.

        10 - O que é que valoriza mais na música/músicos que gosta de ouvir? Que ingredientes chave gostas de ouvir quando ouves música?

        Valorizo a emoção, a precisão e as ideias. Gosto de músicos que dão tudo de si enquanto tocam a música. As ideias são importantes; no entanto, quando se trata apenas de mostrar a teoria, sem emoções, é aborrecido. Quando tocam com ideias e com o coração, é isso que eu adoro.

        11 - O utilizador realça obter um bom som do instrumento, e isso reflecte-se na tua música. Como é que desenvolve o seu som, o seu som pessoal? É mais centrado na técnica, no treino do ouvido ou noutra coisa?

        A técnica gira à volta de 3 coisas. Em primeiro lugar, é preciso trabalhar a técnica da mão direita. Não se trata de se tornar um tocador mais rápido, mas de sentir todos os elementos da palheta a bater na corda. É preciso estudar o som que se faz. Mais tarde, torna-se natural.

        Em segundo lugar, temos de nos concentrar na mão esquerda. Muitas pessoas não lhe prestam muita atenção; limitam-se a tocar notas e escalas, esquecendo-se de outros elementos como o vibrato ou a dinâmica de tocar forte ou suave. É aqui que se encontra uma grande parte da emoção e do som!

        Por último, devemos também ter em conta a energia que utilizamos para tocar o ritmo “La Pompe” com a mão esquerda. Muitas pessoas pensam que é a mão direita que faz todo o trabalho, mas não é bem assim. A mão esquerda também contribui para “La Pompe”, como um coração que bombeia sangue para todo o corpo. O músculo da mão esquerda faz a mesma coisa que o coração e tem de ser regular e forte. O mesmo se aplica ao solo.

        Percebi isso analisando vídeos de grandes músicos ou dos meus amigos ciganos quando tocava com eles. É extremamente importante compreender a forma como eles tocam esta música para a poder tocar também. Depois disso, trabalhei o meu próprio som e continuo a trabalhá-lo até hoje.

        12 - Medita? Tem algum tipo de prática ou atividade que o leve a um estado mais concentrado, claro ou consciente?

        Não, mas devia! 🙂 Mas já faço Sofrologia há algum tempo.

         13 - Fala-me mais sobre a Sofrologia, é um conceito novo para mim.

        Penso na Sofrologia como uma forma de meditação. Sentamo-nos concentrados e sentimos sensações muito boas. Limpa-se a mente e esquece-se tudo o que nos rodeia nesse momento específico. Permite-lhe concentrar-se em partes do seu corpo e ter mais energia. É um tipo diferente de processo de meditação.

        14 - Qual considera ser o conselho ou citação mais importante que recebeu enquanto músico?

        Django disse uma vez que “Uma guitarra ri e chora como um ser humano”. Dizia tudo com ela.

        15 - O que diria a alguém que está a começar a tocar um instrumento?

        Praticar cada vez mais e ouvir muitos estilos de música diferentes. Se tocares o estilo cigano, tens de compreender que se trata de uma cultura antes de ser música. Não são apenas notas, é um modo de vida e uma língua.

        16 - O que diria ao Django se tivesse a oportunidade de o conhecer?

        Eu dir-lhe-ia sem dúvida, “Admiro-o como admiro Ayrton Senna, Albert Einstein, Nikola Tesla, Da Vinci, Galileu e todos os tipos que influenciaram o seu mundo.”

        Além disso, tive de dizer “obrigado pelo que nos deste!” 🙂

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